Recomendação de política pública: Resiliência agrícola na América Latina: confrontando eventos de redução abrupta da luz solar

Autores:

Monica Ulloa , Jorge Torres, Claudette Salinas, Roberto Tinoco y Juan García.

Tradução:

Ramiro de Ávila Peres

Resumo

Este documento preparado em conjunto com Alliance to Feed the Earth in Disasters (ALLFED) avalia a preparação e as possíveis medidas de gerenciamento na América Latina para eventos de redução abrupta da luz solar (ERALS). Um ERALS pode ser desencadeado por uma variedade de catástrofes que alterem o clima, como uma erupção vulcânica , um asteroide ou uma guerra nuclear. Esses eventos liberam partículas na atmosfera superior que podem causar uma diminuição repentina da luz solar, das temperaturas e da precipitação, prejudicando o crescimento de vegetais. Isso levaria à quebras de safras massivas e à fome global. 

Figura 1. Um ERALS causa graves interrupções na agricultura. Há soluções para evitar isso

Sem a implementação de adaptações apropriadas, a produção bruta de vários países da região poderia diminuir em até 75%, tornando-se insuficiente para atender às necessidades da população e podendo levar a mais de 120 milhões de mortes nos seis países analisados: Argentina, Paraguai, Chile, Brasil, Uruguai e Colômbia. Felizmente, os dados indicam que a implementação de medidas de preparação e resposta pode evitar uma carestia nacional e atingir uma produção suficiente para abastecer a região da América Latina. As ações propostas neste documento incluem:

  • Inclusão do ERALS como um cenário catastrófico nos registros nacionais de risco e no planejamento de emergência.

  • Introdução de medidas específicas de resposta a um ERALS nos planos de gerenciamento, como

    • Redirecionamento de alimentos usados como matéria-prima na produção animal e na produção de biocombustíveis

    • Adaptações aos sistemas agrícolas para aumentar a produção de alimentos como algas marinhas

    • Adaptações de alta tecnologia que independem das condições climáticas, como a produção de açúcar lignocelulósico ou de proteína unicelular à base de metano.

  • Investimentos estratégicos em projetos de redução de risco em preparação para o ERALS.

  • Promoção da cooperação regional no gerenciamento de ERALS.

Pedimos que as agências governamentais cooperem com os cientistas, o setor privado e as organizações nacionais e regionais de gestão de desastres para a formulação e implementação dos planos de resposta do ERALS.

Obrigado; 

Gostaríamos de agradecer a Ramiro de Avila Peres pela tradução para o português deste documento e comentários. 



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